sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SUGESTÃO DE PLANO DE UALA PARA LIÇÃO 3 DE JOVENS E ADULTOS

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO

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Conscientizar-se de que a glória do ministério cristão está na simplicidade e sinceridade com que se prega o Evangelho
-
Explicar as razões da mudança de planos da ida de Paulo a Corinto
- Saber que somos o bom cheiro de Cristo

2. CONTEÚDO

Texto Bíblico: 2 Co 1.12-14, 21, 22; 2.4, 14-17

Entendo ser interessante definir o termo "ministério", para logo em seguida tratar sobre os "falsificadores da palavra de Deus".

A DEFINIÇÃO DOS TERMOS MINISTÉRIO E MINISTRO

Duas palavras no grego são traduzidas por "ministério":

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diakonia. Utilizada amplamente e com vários significados, o termo diakonia (serviço, ministério) aparece no sentido de ministério religioso e espiritual (cargo ou função) em At 1.17, 25; 6.4; 12.25; 21.19; Rm 11.13 (ministério apostólico), At 20.24; 2 Co 4.1; 6.3; 11.8; 1 Tm 1.12; 2 Tm 4.5 (ministério de pregação e ensino), administração (2 Co 9.13; Ef 4.12). (VINE, 2003, p. 791);

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leitourgia. Usado no N.T. acerca dos "ministérios sacros": (a) sacerdotal (Lc 1.23; Hb 8.6; 9.21) (b) figurativamente, a fé prática dos membros da igreja em Filipos considerados como sacrifício sacerdotal, sobre o qual a vida do apóstolo Paulo poderia ser derramada como libação (Fp 2.17); (c) o "ministério" dos crentes uns aos outros, considerado como serviço sacerdotal (2 Co 9.12; Fp 2.30).

Os termo gregos para "ministro" são:

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diakonos. Achado 29 vezes no N.T., possui como significado primário "aquele que serve à mesa" (Mt 22.13). Em sentido mais amplo significa um "servo" (Mt 20.26; Mc 10.43; Lc 18.26), um "ajudante" (Ef 6.21; Cl 4.7). Especialmente em Paulo, o termo recebe um sentido especificamente cristão; e.g. um "ministro" de Cristo (2 Co 11.23; Cl 1.7; 1 Tm 4.6), um "ministro" de Deus (2 Co 6.4), um "ministro" do evangelho (Ef 3.7; Cl 1.23; 1 Co 3.5), um "ministro" da igreja (Cl 1.25). O próprio Cristo é chamado um diakonos em Rm 15.8 (de Israel) e Gl 2.17 (do pecado, no sentido paradozal). (COENEN e BROWN, 2000, p. 2343);

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leitourgos. Conforme Vine (idem), no N.T. está relacionado ao serviço sacerdotal (denotativo e conotativo) conforme (Rm 15.16, Hb 8.2), ao socorro prestado (Fp 2.25) e aos governantes terrenos (Rm 13.6);

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huperetes. (Lc 4.40; At 13.5; At 26.16; 1 Co 4.1). Possivelmente "remador [da fileira] de baixo" (formado de hupo, "debaixo de", e eretes, "remador"). (VINE, ibdem). Tal definição é contestada por Osborne (2009, p. 108), que afirma ser uma falácia semântica: "[...] pois segundo Louw, esse significado não se encontra na literatura grega da época do Novo Testamento. Na melhor das hipóteses, é altamente questionável."

O fato é que em todas as suas formas, os termos "ministério" e "ministro" estão relacionados ao ato de servir.

É interessante a observação de Coenem e Brown (idem, p. 2345), que diferencia
doulos (escravo) de diakonos(servo). O primeiro resalta quase exclusivamente a sujeição completa do cristão ao Senhor, enquanto que o segundo diz respeito ao serviço em prol da igreja, dos irmãos e do próximo, em prol da comunhão, quer o serviço se realize ao servir à mesa, com a palavra, ou de alguma outra maneira.

A compreensão do significado de "ministério" e "ministro", ajudará bastante no discernimento e no combate aos falsificadores da palavra de Deus (2 Co 2.17).

OS FALSIFICADORES DA PALAVRA DE DEUS

Um dos grandes sinais do fim dos tempos (Mt 24.3) é a aparição de um grande número de “falsos obreiros” ou de "falsificadores da palavra de Deus", que enganarão com muita habilidade e astúcia o povo de Deus (Mt 24.5,11 ), inclusive, com a realização de grandes sinais e prodígios. Esses “falsos obreiros” se encontram exercendo várias funções na igreja:

- FALSOS APÓSTOLOS (2 Co 11.13-15). Algumas igrejas no Brasil adotaram a função de apóstolo dentro de sua hierarquia eclesiástica (o indivíduo é pastor, se intitula depois bispo e posteriormente apóstolo). O fato é que no exercício dessa função muitos acabam não se identificando com o apostolado bíblico, onde fazia parte da vida do apóstolo o romper barreiras, estabelecer igrejas e seguir adiante nesse propósito. Os falsos apóstolos, geralmente são “pescadores de aquário”, ou seja, sua missão é atrair membros de outras igrejas. Não estão interessados em ganhar almas em lugares inóspitos ou de baixa renda econômica (interior, sertão, favelas etc), mas sim, pregar nos grandes centros, e ali se estabelecerem;

- FALSOS PROFETAS (Mt 7.15-20). Os falsos “profetas”, ou seja, aqueles que dizem falar em nome de Deus, são reconhecidos pela ausência de frutos (caráter cristão e compromisso com Deus) em suas vidas, ou pela má qualidade dos mesmos. Eles geralmente;

a) Falam para agradar seus ouvintes ( I Rs 22.1-6 )
b) Falam sem serem autorizados por Deus ( Ez 13.1-9 )
c) Suas profecias tendem a afastar o povo da palavra de Deus ( Dt 13.1-4 )
d) Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus “dons” ( Nm 22.7; Jd 11 )

- FALSOS EVANGELISTAS ( Mt 7.22-23 ). O ministério de evangelista é caracterizado pelos sinais que seguem a pregação do evangelho (Atos 8.4-8). Esses sinais, por si só, não comprovam a autenticidade do ministério. Os falsos evangelistas geralmente são identificados;

a)
Pela comercialização da palavra de Deus. Pregam só visando grandes lucros ( II Pe 2.3 ), são os profissionais da palavra, cheios de exigências, buscando unicamente a sua própria glória ( marketing pessoal ).
b)
Pela origem muito clara. É preciso conhecer as raízes e a vida de tais obreiros, assim como seu nível de comprometimento com seus pastores e ministério.
c)
Por suas “apresentações” exóticas. Não passam de meras exibições, onde a unção do Espírito Santo é substituída por suas habilidades homiléticas e persuasivas.

- FALSOS PASTORES ( Jr 23.1-4; Jd 12 ). Nos dias atuais um título de pastor não é difícil de se obter. Homens sem a mínima vocação pastoral, consagrados em igrejas que surgem da rebeldia e do incontrolável desejo pela posição eclesiástica, recebendo imposição de mãos de outros em piores situações, estão por aí enganando o povo. Os falsos pastores não estão preocupados com o bem estar das ovelhas. Só pensam em si mesmo, em tirar proveito da lã e das gorduras das tais. Não querem servir ao rebanho, e sim, mediante a manipulação e força, dominar sobre o mesmo (I Pe 5.2-4 );

- FALSOS MESTRES OU DOUTORES (2 Pe 2.1). As falsas doutrinas ( Ef 4.14 ), provenientes do ensino dos falsos mestres, invadiram as nossas igrejas. Falsos movimentos e modismos doutrinários são notórios em nosso país, confundindo os desenformados, despreparados e meninos inconstantes, que teimam (comum aos meninos) em não crescer no conhecimento da sã doutrina. A Teologia da Prosperidade, o Movimento da Fé, a quebra de maldições, batalhas espirituais hollywodianas e mais recentemente o movimento G-12, causaram sérios prejuízos em vários rebanhos. Quem está firmado na sã doutrina (1 Tm 1.10; Tt 2.1 ), não atenta nem se engana com o ensino dos falsos mestres, antes o repudia.

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Temos aqui mais uma ótima oportunidade para uma aula dialógica e participativa. Pergunte aos alunos o que eles entendem por ministério e ministros. Depois, discuta as respostas. Pergunte também como percebem o crescimento dos falsos obreiros e se saberiam identificar os tais.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Leve para sala de aula dois objetos idênticos (relógio, perfume, roupa de grife, etc.), sendo que um verdadeiro e o outro falso. Peça para os alunos identificarem o falso do verdadeiro. Num primeiro momento, deixe apenas eles olharem o objeto, sem manusear. Pergunte em seguida qual dos objetos é o verdadeiro e o falso. Não revele nada. Depois, deixe eles pegarem e manusearem os objetos, e pergunte novamente qual deles é o verdadeiro, e qual é o falso. Ao final, revele o objeto falso. Fortaleça a idéia de que um simples olhar, sem uma análise mais profunda e concreta, pode nos conduzir ao engano.

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ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

Os missionários escoceses Robert (1809/1888) e Sara Kalley (1825/1907) são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio (Colégio Opção, R. Casemiro de Abreu – segundo informações da Igreja Congregacional de Petrópolis). Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Fonte:ensinodominical.wordpress.com