1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Conscientizar-se de que a glória do ministério cristão está na simplicidade e sinceridade com que se prega o Evangelho
- Explicar as razões da mudança de planos da ida de Paulo a Corinto
2. CONTEÚDO
Texto Bíblico: 2 Co 1.12-14, 21, 22; 2.4, 14-17
Entendo ser interessante definir o termo "ministério", para logo em seguida tratar sobre os "falsificadores da palavra de Deus".
Duas palavras no grego são traduzidas por "ministério":
- diakonia. Utilizada amplamente e com vários significados, o termo diakonia (serviço, ministério) aparece no sentido de ministério religioso e espiritual (cargo ou função) em At 1.17, 25; 6.4; 12.25; 21.19; Rm 11.13 (ministério apostólico), At 20.24; 2 Co 4.1; 6.3; 11.8; 1 Tm 1.12; 2 Tm 4.5 (ministério de pregação e ensino), administração (2 Co 9.13; Ef 4.12). (VINE, 2003, p. 791);
- leitourgia. Usado no N.T. acerca dos "ministérios sacros": (a) sacerdotal (Lc 1.23; Hb 8.6; 9.21) (b) figurativamente, a fé prática dos membros da igreja em Filipos considerados como sacrifício sacerdotal, sobre o qual a vida do apóstolo Paulo poderia ser derramada como libação (Fp 2.17); (c) o "ministério" dos crentes uns aos outros, considerado como serviço sacerdotal (2 Co 9.12; Fp 2.30).
Os termo gregos para "ministro" são:
- diakonos. Achado 29 vezes no N.T., possui como significado primário "aquele que serve à mesa" (Mt 22.13). Em sentido mais amplo significa um "servo" (Mt 20.26; Mc 10.43; Lc 18.26), um "ajudante" (Ef 6.21; Cl 4.7). Especialmente em Paulo, o termo recebe um sentido especificamente cristão; e.g. um "ministro" de Cristo (2 Co 11.23; Cl 1.7; 1 Tm 4.6), um "ministro" de Deus (2 Co 6.4), um "ministro" do evangelho (Ef 3.7; Cl 1.23; 1 Co 3.5), um "ministro" da igreja (Cl 1.25). O próprio Cristo é chamado um diakonos em Rm 15.8 (de Israel) e Gl 2.17 (do pecado, no sentido paradozal). (COENEN e BROWN, 2000, p. 2343);
- leitourgos. Conforme Vine (idem), no N.T. está relacionado ao serviço sacerdotal (denotativo e conotativo) conforme (Rm 15.16, Hb 8.2), ao socorro prestado (Fp 2.25) e aos governantes terrenos (Rm 13.6);
- huperetes. (Lc 4.40; At 13.5; At 26.16; 1 Co 4.1). Possivelmente "remador [da fileira] de baixo" (formado de hupo, "debaixo de", e eretes, "remador"). (VINE, ibdem). Tal definição é contestada por Osborne (2009, p. 108), que afirma ser uma falácia semântica: "[...] pois segundo Louw, esse significado não se encontra na literatura grega da época do Novo Testamento. Na melhor das hipóteses, é altamente questionável."
O fato é que em todas as suas formas, os termos "ministério" e "ministro" estão relacionados ao ato de servir.
É interessante a observação de Coenem e Brown (idem, p. 2345), que diferencia doulos (escravo) de diakonos(servo). O primeiro resalta quase exclusivamente a sujeição completa do cristão ao Senhor, enquanto que o segundo diz respeito ao serviço em prol da igreja, dos irmãos e do próximo, em prol da comunhão, quer o serviço se realize ao servir à mesa, com a palavra, ou de alguma outra maneira.
A compreensão do significado de "ministério" e "ministro", ajudará bastante no discernimento e no combate aos falsificadores da palavra de Deus (2 Co 2.17).
OS FALSIFICADORES DA PALAVRA DE DEUS
Um dos grandes sinais do fim dos tempos (Mt 24.3) é a aparição de um grande número de “falsos obreiros” ou de "falsificadores da palavra de Deus", que enganarão com muita habilidade e astúcia o povo de Deus (Mt 24.5,11 ), inclusive, com a realização de grandes sinais e prodígios. Esses “falsos obreiros” se encontram exercendo várias funções na igreja:
b) Falam sem serem autorizados por Deus ( Ez 13.1-9 )
c) Suas profecias tendem a afastar o povo da palavra de Deus ( Dt 13.1-4 )
d) Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus “dons” ( Nm 22.7; Jd 11 )
- FALSOS EVANGELISTAS ( Mt 7.22-23 ). O ministério de evangelista é caracterizado pelos sinais que seguem a pregação do evangelho (Atos 8.4-8). Esses sinais, por si só, não comprovam a autenticidade do ministério. Os falsos evangelistas geralmente são identificados;
a) Pela comercialização da palavra de Deus. Pregam só visando grandes lucros ( II Pe 2.3 ), são os profissionais da palavra, cheios de exigências, buscando unicamente a sua própria glória ( marketing pessoal ).
b) Pela origem muito clara. É preciso conhecer as raízes e a vida de tais obreiros, assim como seu nível de comprometimento com seus pastores e ministério.
c) Por suas “apresentações” exóticas. Não passam de meras exibições, onde a unção do Espírito Santo é substituída por suas habilidades homiléticas e persuasivas.
- FALSOS PASTORES ( Jr 23.1-4; Jd 12 ). Nos dias atuais um título de pastor não é difícil de se obter. Homens sem a mínima vocação pastoral, consagrados em igrejas que surgem da rebeldia e do incontrolável desejo pela posição eclesiástica, recebendo imposição de mãos de outros em piores situações, estão por aí enganando o povo. Os falsos pastores não estão preocupados com o bem estar das ovelhas. Só pensam em si mesmo, em tirar proveito da lã e das gorduras das tais. Não querem servir ao rebanho, e sim, mediante a manipulação e força, dominar sobre o mesmo (I Pe 5.2-4 );
- FALSOS MESTRES OU DOUTORES (2 Pe 2.1). As falsas doutrinas ( Ef 4.14 ), provenientes do ensino dos falsos mestres, invadiram as nossas igrejas. Falsos movimentos e modismos doutrinários são notórios em nosso país, confundindo os desenformados, despreparados e meninos inconstantes, que teimam (comum aos meninos) em não crescer no conhecimento da sã doutrina. A Teologia da Prosperidade, o Movimento da Fé, a quebra de maldições, batalhas espirituais hollywodianas e mais recentemente o movimento G-12, causaram sérios prejuízos em vários rebanhos. Quem está firmado na sã doutrina (1 Tm 1.10; Tt 2.1 ), não atenta nem se engana com o ensino dos falsos mestres, antes o repudia.
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Temos aqui mais uma ótima oportunidade para uma aula dialógica e participativa. Pergunte aos alunos o que eles entendem por ministério e ministros. Depois, discuta as respostas. Pergunte também como percebem o crescimento dos falsos obreiros e se saberiam identificar os tais.
4. RECURSOS DIDÁTICOS
Leve para sala de aula dois objetos idênticos (relógio, perfume, roupa de grife, etc.), sendo que um verdadeiro e o outro falso. Peça para os alunos identificarem o falso do verdadeiro. Num primeiro momento, deixe apenas eles olharem o objeto, sem manusear. Pergunte em seguida qual dos objetos é o verdadeiro e o falso. Não revele nada. Depois, deixe eles pegarem e manusearem os objetos, e pergunte novamente qual deles é o verdadeiro, e qual é o falso. Ao final, revele o objeto falso. Fortaleça a idéia de que um simples olhar, sem uma análise mais profunda e concreta, pode nos conduzir ao engano.
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