sexta-feira, 11 de julho de 2014

O PROPÓSITO DA TENTAÇÃO - LIÇÃO 02 JOVENS E ADULTOS 3º TRIMESTRE 2014


Por Thiago Santos  





INTRODUÇÃO  
I – O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (TG 1.2, 12)
II – A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (TG 1.13-15)
III – O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (TG 1.3, 4, 12)
 
A MATURIDADE CRISTÃ ADQUIRIDA ATRAVÉS DAS PROVAÇÕES. TIAGO 1.2-18.
 A vida cristã é um caminho de aprendizado constante onde as experiências, adquiridas em nosso relacionamento com Deus, nos fazem entender as limitações e fragilidades encontradas em nossa natureza humana. Quando somos confrontados em meio às provações, sentimos as nossas fraquezas de forma que rejeitamos a autoconfiança e nos tornamos mais dependentes de Deus. Em seu discurso epistolar, Tiago observa a deficiência humana frente às tentações e admoesta aos cristãos que se alegrem quando forem acometidos de alguma tentação “sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência” (Tg 1.2-3). Nesse contexto, é importante compreendermos a concepção que a igreja da dispersão tinha em relação às tentações. A exortação de Tiago vem esclarecer a mente dos fiéis e aponta para o bom resultado trazido pelas “aflições deste tempo presente” citadas por Paulo (cf. Rm 8.18; Tg 1.12). O cristão precisa compreender os benefícios adquiridos através das dificuldades e de que forma Deus os utiliza para o crescimento e amadurecimento na fé.

Primeiramente é importante enfatizar que há uma diferença entre a “tentação” (gr. peirasmos) e a “tentação” (gr peirazõ) conforme afirma Roy B. Zuck em sua obra Teologia do Novo Testamento (CPAD, 2008, p. 462). A primeira designação nos faz entender a tentação como algo positivo ao crescimento espiritual do crente, isto é, Deus prova os seus servos para o bom aperfeiçoamento da fé (cf. Hb 11.17; Tg 1.2-4). A segunda expressão denota a tentação que vem para desviar o crente da verdade, isto é, a concupiscência da carne que atrai e engoda, e que é incitada por Satanás (Tg 1.14-15; Mt 4.2-10; 1 Ts 3.5). Portanto, a tentação é uma realidade incontestável e, por isso, Tiago exorta a respeito do seu bom resultado na vida cristã.

Os fiéis da dispersão sentiam certo receio por conta das adversidades e também temiam passar por alguma “provação”, pois tinham uma concepção equivocada de que isto significaria o mesmo que uma repreensão divina para atingir a “perfeição”. Na verdade, o que o meio irmão do Senhor descreve é a respeito da bem-aventurança de sermos provados, pois isso evidencia que somos verdadeiramente gerados pela palavra da verdade, para sermos “como primícias das suas criaturas” (cf. Tg 1.12,18). A carta escrita por Tiago tem como objetivo resgatar à obediência aqueles que estavam se desviando do Caminho e precisavam reassumir o compromisso com a Palavra da Verdade. Portanto, Deus, através das provações, não tem a intenção de levar o crente ao pecado, e sim ao crescimento espiritual que caracteriza e autentica a fé. Dessa forma, ao atravessar as tentações sendo pressionado pelas adversidades, o cristão pode contar com o fortalecimento que Deus traz sobre ele mediante cada dificuldade, resultando em amadurecimento e consistência para a fé.

Em segundo lugar, é importante considerar que a origem da tentação não está em Deus, “pois Deus a ninguém tenta. Mas cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (Tg 1.13,14). O que nos faz entender que a natureza humana está em constante conflito em nosso eu interior, “esperando a adoção, a saber, a redenção do corpo” (Rm 8.23). De fato, a concupiscência presente na natureza humana impulsiona os desejos humanos a pecar contra o Criador, ao que Tiago exorta: “Não erreis, meus amados irmãos” (v. 16). Sendo assim, o cuidado pessoal do crente é fundamental neste processo para que o engodo do pecado não venha sobrepor o comprometimento com a prática da Palavra de Deus. (Tg 1.14,18).
 
Finalizando, o cristão precisa compreender os benefícios adquiridos através das dificuldades e de que forma Deus as utiliza para o crescimento e amadurecimento na fé. A maturidade cristã é adquirida também através desse processo, levando o crente a perseverar em seu compromisso com a verdade (Tg 1.5-8). Tiago leva-nos a entender que o caráter cristão é desenvolvido mediante as adversidades, tal como podemos observar na galeria dos heróis da fé (cf. Hb 11). Assim, podemos definir “maturidade cristã” como uma concessão divina que molda-nos a fim de que saibamos como nos comportar mediante as provações de forma adequada à Palavra da Verdade, adquirindo o conhecimento necessário para o desenvolvimento do caráter cristão. Sabendo isto: a paciência é resultado de uma fé provada e aprovada, e de uma vida que reconhece a plena dependência da providência de Deus (Tg 1.2-4) e entende que o amadurecimento cristão é fruto de um constante relacionamento com Deus onde não há espaço para oscilação. Dessa maneira, somos convidados a ter um firme compromisso com Deus “que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto” o que lhe pedimos. Pois “toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes em quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.5-8,17). 

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ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

Os missionários escoceses Robert (1809/1888) e Sara Kalley (1825/1907) são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio (Colégio Opção, R. Casemiro de Abreu – segundo informações da Igreja Congregacional de Petrópolis). Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Fonte:ensinodominical.wordpress.com