sábado, 5 de julho de 2014

FÉ QUE SE MOSTRA PELAS OBRAS - LIÇÃO 1 - JOVENS E ADULTOS - 3º TRIMESTRE 2014


Por Thiago Santos
INTRODUÇÃO
I – AUTORIA, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS (Tg 1.1)
II – O PROPÓSITO DA EPÍSTOLA DE TIAGO
III – ATUALIDADE DA EPÍSTOLA
SOBRE A PRÁTICA DA PALAVRA DE DEUS: TIAGO 1.22.
 
A Epístola Universal de Tiago apresenta a exortação do líder da Igreja em Jerusalém a todos os cristãos da “dispersão”, a guardarem a fé no Deus único e verdadeiro e a não esmorecer na prática da verdade, vivendo de forma que o relacionamento íntimo da nova aliança com Deus seja firmemente mantido. Os aspectos considerados nesta Carta são importantes para uma fé íntegra e edificada sobre o compromisso ético e moral da Palavra de Deus. A prática da justiça evidencia a qualidade de nossa fé no Deus verdadeiro, ao mesmo tempo em que aprova a integridade de vida cristã demonstrada por seus servos.
 
A autoria da carta data de aproximadamente 49 d.C., e vem nos ensinar a respeito do exercício da fé baseado na Palavra de Deus e o desafio de agir de acordo com essa mesma Palavra. Segundo o teólogo Timothy B. Cargal, o nome de Tiago conhecido como “o Justo”, ou “Iakobos”, em grego, é uma transliteração do conhecido nome hebraico do Antigo Testamento “Jacó”. Conforme a tradição aceita pela Igreja, este é o irmão de Jesus (Mc 6.3; Gl 1.19) que se tornou líder da Igreja em Jerusalém (At 15.13; 21.18; Gl 2.9). Embora não haja indícios da biografia de Tiago, pois o mesmo não cita referências pessoais, esta é a identificação mais aceita a respeito da autoria desta carta. Destinada à igreja dispersa não só em Israel, mas em todo o mundo, pois usa a expressão às “das doze tribos em dispersão”, a carta exortava os crentes ao cumprimento da Palavra de Deus e a buscar a sabedoria que vem do Alto, atitudes que aparecem igualmente nos escritos paulinos no tocante ao “fruto do espírito” (Gl 5.22,23). A carta trata de assuntos corriqueiros do dia a dia da vida cristã, sendo este um dos pontos que a torna bem significativa para os dias atuais.
 
Tiago aprofunda o seu discurso na questão comportamental tendo como finalidade resgatar os crentes a uma conduta onde os valores éticos e morais da vida cristã devem ser praticados por aqueles que têm o testemunho de Cristo em seus corações. Os leitores de Tiago percebiam que o caráter cristão era antagônico aos preceitos e valores mundanos que imperavam na sociedade em que eles estavam inseridos. Tal conhecimento da Palavra levaria os destinatários da epístola a permanecer firmes na verdade, desviando-se do mal e buscando em Deus a sabedoria necessária para evitar o erro. Isso os conscientizava de que Deus se agrada daqueles que são confiantes na sua misericórdia e não são “inconstantes em todos os seus caminhos” (Tg 1.8), pois “segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela Palavra da Verdade para que fôssemos como primícias das suas criaturas” (v.18). 
 
Para entendermos melhor o contexto da Carta de Tiago, torna-se interessante esboçarmos os assuntos em que o escrito foi produzido: “A primeira unidade (1.2-21) desenvolve suas preocupações mais amplas a respeito da crença de seus leitores em relação à natureza do relacionamento entre Deus e os cristãos. Ele os encoraja a confiar em Deus para alcançarem a sabedoria de que necessitam, ao invés de procurarem aprendê-la através de suas respostas às dificuldades da vida. Na segunda unidade (1.22-26), Tiago começa a focar o diagnóstico do problema. Mostra-lhes como suas ações revelam que realmente lhes falta sabedoria (cf. 1.5), e novamente enfatiza que qualquer forma de crença, que não resulte em obras consistentes com a vontade de Deus, não poderá proporcionar vida espiritual (2.14,26). Na terceira (3.1-4.10) e na quarta unidade (4.11-5.20) trata da responsabilidade dos leitores por suas próprias ações e pela vida espiritual dos semelhantes, respectivamente (CARGAL, Timothy B., Tiago. In, ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1659-60).
 
A vida cristã encontra uma série de situações intrigantes como o problema da tentação, do pecado, da natureza humana, do cuidado com a língua, da paciência nas provações e muitos outros assuntos tratados nesta epístola que são pertinentes para a igreja atual. O Caminho da Graça deve ser percorrido de forma que o comportamento cristão seja a própria expressão e pregação da Palavra de Deus no viver diário. Tal desafio encontra-se na prática de uma fé que leva a uma ação contundente com aquilo que se acredita ser a “vontade de Deus”. É importante compreendermos que neste cenário contemporâneo em que a igreja está inserida, a moral, a ética cristã, as verdades bíblicas e os valores cristãos estão sendo colocados à prova em um mundo onde predomina a maldade e a escassez do amor ao próximo (Mt 24.12).

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ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

Os missionários escoceses Robert (1809/1888) e Sara Kalley (1825/1907) são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio (Colégio Opção, R. Casemiro de Abreu – segundo informações da Igreja Congregacional de Petrópolis). Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Fonte:ensinodominical.wordpress.com