quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DAVI UNIFICA O REINO DE ISRAEL



Texto Bíblico: 1 Samuel 16.1,12,13; 2 Samuel 5.2

Dois incidentes que merecem a nossa atenção na trajetória de Davi rumo à unificação do reino são as mortes de Abner, comandante das tropas de Saul, e posteriormente de Isbosete, filho de Saul. Quando já proclamado rei pela casa de Judá, Davi dá sinais de aproximação das outras tribos quando enviou uma comitiva a Jabes-Gileade parabenizando-o pelo gesto humanitário que tiveram com Saul (2 Sm 2.5-7). A intenção de unificação demonstrada por Davi é vista nas suas palavras que a comitiva levou a Jabes-Gileade: “Esforcem-se, pois, agora as vossas mãos, e sede homens valentes, pois Saul, vosso Senhor, é morto, mas também os da casa de Judá já me ungiram a rei sobre si” (2 Sm 2.7).

A existência de dois reis, um em Hebron e outro em Maanaim, gerou uma guerra civil, levando os homens de Davi e Isbosete a se enfrentarem numa batalha sangrenta (2 Sm 2.12-17). Nessa batalha Davi saiu vencedor. A unificação fica mais próxima quando Abner, comandante do exército de Isbosete, se desentende com ele e procura Davi, reconhecendo ser este o legítimo herdeiro do trono (2 Sm 3.9,10). Os preparativos para a unificação já estavam em andamento quando Joabe, comandante das tropas de Davi, mata por vingança a Abner (2 Sm 3.20-22). O incidente colocou Davi numa posição delicada, já que poderia ser acusado de ter conspirado contra a vida de Abner. Numa postura firme para demonstrar sua inocência diante do incidente, Davi amaldiçoa Joabe por seu ato traiçoeiro (2 Sm 3.28,29). Em um momento delicado como esse Davi não podia deixar que nenhuma dúvida pairasse sobre sua integridade. Se ele estava no trono foi por desígnio divino, e não por resultado de alguma armação. Davi convocou um luto geral, e ele mesmo seguiu o corpo de Abner em seu sepultamento em Hebrom. “Rasgai as nossas vestes, cingi-vos de panos de saco, os sinais de profunda tristeza”(2 Sm 3.31). Por não suspeitar do mal, Abner não fez qualquer tentativa de defesa ou fuga. O luto continuou com um jejum por todo o dia, observado tanto pelo rei como pelo povo. A conduta e a evidente sinceridade do rei deixaram claro para todas as tribos de Israel que a morte de Abner não foi determinada por ele.

A ocorrência desses incidentes e como Davi se portou diante dos mesmos são de extrema importância no processo de restauração do reino. A história de Davi deixa claro que fora colocado no trono por Deus, e não pelo homem. Ele sabia que para crescer e unificar seu povo não necessitava matar ninguém. Infelizmente, alguns para crescer acreditam ser necessário matar os outros.

Tendo morrido Abner e Isbosete, os anciãos de Israel procuraram Davi e lembraram-lhe da promessa que o Senhor lhe fizera: “Somos do mesmo povo que tu és. Outrora, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu que fazias entradas e saídas militares com Israel; também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e será chefe sobre Israel” (2 Sm 5.1,2). Com esse gesto, os anciãos de Israel demonstraram serem sabedores de que a unção real estava de fato sobre Davi e, portanto, não havia razão para se postergar ainda mais a sua escolha como líder de toda nação (2 Sm 5.3). Com a coroação de Davi sobre todo o Israel, o reino finalmente estava unificado.

Bibliografia:

GONÇALVES, José. et. al. Davi, As vitórias e as Derrotas de um Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

MULDER, Chester O. et. al. Comentário Bíblico, Beacon, v 2. Rio de Janeiro: CPAD 2008.

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ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

Os missionários escoceses Robert (1809/1888) e Sara Kalley (1825/1907) são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio (Colégio Opção, R. Casemiro de Abreu – segundo informações da Igreja Congregacional de Petrópolis). Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Fonte:ensinodominical.wordpress.com