sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O LIVRO DE ÊXODO E O CATIVEIRO DE ISRAEL NO EGITO - LIÇÃO 1 - 1º TRIMESTRE 2014 - JOVENS E ADULTOS

Imagem do site: www.apazdosenhor.org.br

INTRODUÇÃO  

I. O LIVRO DE ÊXODO 

II. O NASCIMENTO DE MOISÉS 

III. O ZELO PRECIPITADO DE MOISÉS E SUA FUGA  

CONCLUSÃO   

A peregrinação do povo de Deus  

A peregrinação dos patriarcas e a do povo de Israel antecipam o chamado à peregrinação da Igreja    

Por Cesár Moisés   

Tentar escrever exegeticamente sobre o livro de Êxodo em tão sucinto espaço seria irresponsável. Analisá-lo teologicamente, nessa mesma dimensão espacial é, igualmente, uma tarefa impossível. Para uma leitura aprofundada sobre o Êxodo, indico, da CPAD, duas excelentes obras: História de Israel, de Eugene H. Merrill e, Tempos do Antigo Testamento, de R. K. Harrison. Ambas são fundamentais para se entender o contexto social, político, cultural e religioso da formação de Israel. Não obstante o fato de os meus objetivos serem modestos, cansado de ser óbvio, inicio essa reflexão disposto a andar por caminhos não antes palmilhados e radicalmente viscerais. E não o faço por qualquer outro motivo senão o de valorizar o relato da peregrinação de Israel durante quatro décadas pelo deserto, e o que tal trajetória significa, metaforicamente, para nós que cremos, e que, por isso mesmo, “andamos por fé e não por vista” (2Co 5.7). 

Abraão — O peregrino paradigmático 

Apesar do grande historiador romeno das religiões, Mircea Eliade, ter provado que o tempo linear não é uma invenção dos judeus e das religiões chamadas proféticas (judaísmo, cristianismo, islamismo), pois tal noção já era conhecida pelo zoroastrismo persa, não se pode ignorar que a decisão de Tera em sair de sua terra para Canaã, apesar de interrompida por causa de sua morte, pôde ser continuada através de seu filho Abrão (Gn 11.31,32). Tal decisão em busca de viver algo diferente do que havia em Ur, é uma forma de romper com o fatalismo do tempo cíclico, ou do eterno retorno, que matinha todos os povos da antiguidade numa imobilidade mórbida, apenas esperando o que o “destino” reservava a cada um, isto é, nada podia ser mudado, tudo seria como sempre foi em um ciclo milenar. 

Se o plano pessoal do patriarca não era residir em Canaã, e sua saída de Ur se deu apenas para seguir Tera, o fato é que após a morte de seu pai em Harã, Deus aparece a Abrão e lhe chama, encorajando-o a prosseguir a viagem (Gn 12.1-9 – Raciocínio diferente encontra-se em Atos 7.2-4). A autorrevelação divina instaura, para Abrão, a possibilidade de romper a “roda” fatalística. Ao menos para ele, pela primeira vez, aparece a possibilidade de ter contato com uma divindade não material como as que seu pai adorava (Js 24.2). Uma divindade que não se circunscrevia a um local, pois não pertencia a religião alguma. Como podia ele, em meio a um panteão de deuses, saber, com certeza, que a divindade que se revelara era o “verdadeiro Deus”? Abraão não sabia, ele creu (Gl 3.6). Por isso, Paulo afirma que todos os creem são “filhos de Abraão” e que, portanto, “aqueles que têm fé são os abençoados junto com Abraão, que acreditou” (Gl 3.7-9).
 
Essa única promessa que instruiu Abraão, também foi repetida a Isaque, fazendo este peregrinar (Gn 26.1-25). Posteriormente a promessa foi estendida a Jacó que, por sua vez, também peregrinou (Gn 28.10—50.26). Inseridos no Egito através de José, as setenta pessoas da família de Jacó — já tornado Israel —, transformaram- -se em um populoso contingente, conhecido como “hebreus” (Gn 40.15; 43.32; Ex 1.16; 2.6). Este numeroso povo também permaneceu instruído, durante longos 430 anos, por essa única promessa dada pelo Senhor aos patriarcas (Gn 50.24,25; Ex 13.19; Hb 11.22). 

O reino de sacerdotes peregrinos 

O último estágio da peregrinação a ser aqui sucintamente considerado, subdivide-se em três períodos de quatro décadas cada um compreendendo os 120 anos da vida de Moisés, o principal protagonista do Êxodo (At 7.23,30; Ex 16.35; Dt 34.7). Na primeira fase, Moisés troca a estabilidade de quatro décadas no Egito pela incerteza de outras quatro décadas no deserto de Midiã que constituiu a segunda, e decisiva, fase de sua vida (Hb 11.23-26). Nos quarenta anos finais de sua trajetória, Moisés foi provado até as últimas consequências, tendo finalmente a “recompensa” de apenas contemplar a Terra Prometida (Dt 34.1-4). 

A questão a destacar, e que parece não ter sido entendida, é que Deus não chamou o povo de Israel para exercer um papel hegemônico e imperialista sobre as demais nações. A promessa dEle a Abraão foi de que através da descendência do patriarca todas as famílias da Terra seriam benditas (Gn 12.3). Justamente por isso Deus disse a Moisés que uma vez que toda a Terra era propriedade dEle, se os israelitas ouvissem a sua divina voz e guardassem a sua aliança, eles seriam um reino de sacerdotes e uma nação santa (Ex 19.5,6). Como se sabe, Israel não entendeu esse papel a ser desempenhado e confundiu responsabilidade com privilégio, representatividade com regalia e bondade divina com mérito pessoal. O resultado foi o cativeiro e o desterro.

Não obstante a falha do Povo Escolhido, Paulo diz que “tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8). Todos os que, pela fé, creem no Evangelho, são filhos de Deus e descendentes do crente Abraão: “Não há mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre homem e mulher, pois todos vocês são um só em Jesus Cristo. E se vocês pertencem a Cristo, então vocês são de fato a descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3.28,29). Isso, mais uma vez, é preciso advertir, não significa privilégios, mas responsabilidades; não visa uma teologia da substituição, mas um dever sacerdotal. Como afirma o apóstolo Pedro: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pd 2.9,10). 

Para não concluir 

Mais do que conhecimento histórico e informações geográficas sobre o Êxodo, acredito que a grande lição desse trimestre é compreender o caráter transitório dessa nossa realidade. Aprender a contentar-se com o ordinário e não viver à cata de milagres, alegrar-se com a porção diária sem lamentar por não ter mais do que realmente precisamos, não ver-se como privilegiado, antes desapegar-se de tudo aquilo que — todo o mundo sabe — não nos acompanhará além do que a nossa peregrinação terrena permite. Tal deve ser assim se realmente queremos que a ética do Reino de Deus prevaleça em, e através de, nós (Mt 5—7). Isso significa, como afirma Carlos Mesters, transformar numa unidade a “vida vivida” e a “palavra escrita”. Mas para isso, é necessário entender que “mudando-se a vida, muda- -se o sentido do escrito para a vida, mudando-se o sentido do escrito, abre-se um novo sentido para a vida” (Por trás das Palavras, p.136). 

Segundo o mesmo autor, era assim que os primeiros crentes em Jesus testemunhavam aos judeus. “Dizendo que Cristo estava neste ou naquele texto vétero-testamentário, os cristãos questionavam a vida dos judeus, pois queriam levá-los ao reconhecimento de uma nova dimensão neste ou naquele setor da vida”. O mais lamentável é que os “judeus, da sua parte, negando o princípio que sempre os guiou na releitura e na reinterpretação do Antigo Testamento, ao longo de toda a sua história, fechavam-se dentro da letra e queriam impor o livro à vida. Em nome desse mesmo Antigo Testamento, não queriam aceitar a nova dimensão cristã da vida e se defendiam contra ela” (Ibid., p.137). 

Em “êxodo permanente”, isto é, em trânsito constante, é preciso que entendamos que “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Valores que podem e devem ser vividos, exemplificados e expostos à sociedade através de nossa existência. Conquanto a realidade perpétua desses valores, em nossas vidas e em tudo que nos cerca, só será possível com a completude do Reino através da intervenção de Cristo, uma pálida demonstração deles é o suficiente para inspirar a sociedade e levá-la a uma transformação. O contrário desse sacerdócio é religiosidade estéril, e disso mundo está “cheio”. 
 

Artigo extraído da edição 57 da Revista Ensinador Cristão
O LIVRO DE ÊXODO
Título
Êxodo.
Autor
Moisés.
Data e local
Aproximadamente 1450—1410 a.C. Foi escrito no deserto, durante a peregrinação de Israel, em algum lugar da península do Sinai.
Propósito
Registrar os acontecimentos da libertação de Israel do Egito e seu desenvolvimento como nação.
Estrutura
I. Israel no Egito (1.1— 13.20).
II. Israel no deserto (12.1—18.27).
III. Israel no Sinai (19.1— 40.38).
Lugares-chaves
Egito, Gósen, rio Nilo, Midiã, mar Vermelho, península do Sinai e monte Sinai.
Características
Relata mais milagres do que qualquer livro do Antigo Testamento.
Versículo-chave
Êxodo 3.7,10.
Pessoas-chave
Moisés, Faraó, Miriã, Jetro, Arão.
Lugares-chave
Egito, Gósen, rio Nilo, Midiã, mar Vermelho, península do Sinai e monte Sinai.
    
 

COMO SURGIU A IGREJA - LIÇÃO 01 JUVENIS - 1º TRIMESTRE 2014


Texto Bíblico: Atos 2.1-4, 37-47.



10 RAZÕES PARA SE ESTUDAR A HISTÓRIA DA IGREJA  

Prezado professor, você iniciará o ano de 2014 ensinando os alunos acerca de um tema importante: A HISTÓRIA DA IGREJA. Compreender como chegamos à forma atual em que conhecemos a Igreja, é fundamental para compreendê-la. Mas, por que estudar essa história? Existem razões concretas para isso? O historiador eclesiástico James L. Garlow, dá pelo menos 10 razões para estudarmos a história da Igreja:   

1. A história da Igreja nos dá entendimento. Como chegamos até aqui? Um estudo do drama responde esta pergunta. Estudar a história pode torná-lo sábio, ainda que você não tenha cabelos grisalhos ou rugas. 

2. O estudo da história lhe apresenta novos amigos. Onde mais você encontraria Agostinho, João da Cruz, Martinho Lutero, John Wesley ou Charles Finney? Apenas quando investiga o drama, você os encontra. 

3. Você toma consciência do preço que foi pago por você! 

4. Você pode evitar as armadilhas e as terras minadas da história. Diz-se que quem não é um estudioso da história está condenado a repetir os mesmos erros. Não se estuda a história para exaltar a tradição. De fato, a tradição não pode escravizar. Como Richard Halverson declara: “A tradição pode ser perigosa. Ela pode não só modificar a verdade, como também substituí-la totalmente”. O estudo da história nos ensina quais tradições estão desaparecendo, quais precisam ser evitadas, e quais são tão cruciais que devem ser preservadas a todo custo.  

5. O estudo da história melhora a nossa eficácia. Você saberá o que funcionou, o que foi efetivo. Mark Shaw disse tudo isto no título de seu livro “Dez Grandes Ideias Tiradas da História da Igreja”. Você pode e deve aprender com a história da igreja.  

6. A história aumenta a nossa tolerância. Você é encorajado a perseverar quando sabe o que aqueles que vieram antes de você toleraram.   

7. A história o inspirará. A informação pode orientá-lo, contudo, a inspiração o faz persistir. O estudo da história pode inspirar. Tenho esperanças de que este o inspire.  

8. A história traz à vida quem está morto. Meu amigo, Harold Ivan Smith, costuma dizer: “Nenhuma pessoa está morta enquanto alguém continua mencionando o seu nome ou contando as suas histórias”. As figuras históricas vivem de novo enquanto narro estes dramas.    

9. O estudo da história torna-o humilde ao ajudá-lo a entender que havia vida antes de você nascer. John Wesley disse certa vez a Adam Clarke: “Se tivesse de escrever a minha vida, começaria antes do meu nascimento”. Quando perguntei a um amigo por que ele deixara uma igreja recém-formada para juntar-se a uma tradicional, com longa herança, ele respondeu: “Porque eu queria pertencer a algo que já existia em 1900!”.  

10. O estudo da história lhe permite viajar sem sair de sua cadeira favorita. Enquanto você lê estas páginas, visita dúzias de nações, muitas casas, igrejas, escolas, palácios – tudo sem sequer sair de casa. Faça uma boa viagem. 

LIÇÕES BÍBLICAS 1º TRIMESTRE DE 2014

Olá queridos leitores do Blog, queremos informá-lo que devido ao currículo da CPAD ser rotativo as lições das classes do Maternal até adolescentes já foram publicadas aqui em nosso Blog, por este motivo basta você clicar no link abaixo e será direcionado para a lição. Estaremos postando outras atividades e subsídios que possam ajudar cada vez mais sua atividade como professor na EBD.

Jardim da Infânciahttp://ebiblicadominical.blogspot.com.br/2012/01/deus-promete-um-salvador-licao-01.html#uds-search-results
Primáriohttp://ebiblicadominical.blogspot.com.br/2012/01/por-que-precisamos-de-um-salvador-licao.html
Juniores: http://ebiblicadominical.blogspot.com.br/2012/01/jesus-e-o-mestre-dos-mestres-juniores.html
Pré-adolescentes: http://ebiblicadominical.blogspot.com.br/2012/01/quem-sou-eu-licao-01-pr-e-adolescentes.html
Adolescentes: http://ebiblicadominical.blogspot.com.br/2012/01/busquem-sabedoria-licao-01-adolescentes.html

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

ATIVIDADES BÍBLICAS - A CRIAÇÃO

Atendendo a pedido de nossa leitora - Rita de Cássia - seguem algumas sugestões para você trabalhar a criação do mundo com seus alunos na EBD. Lembrem-se sempre de adequar cada atividade a faixa etária de seus alunos.

Sugestão de mural - esta sugestão encontramos em um site americano e achamos que é uma excelente ideia para você confeccionar com sua classe de Primários ou Juniores.


Você também pode criar o varal da criação, sugiro apenas que as gravuras sejam um pouco maiores, elas podem ser confeccionadas por você para os alunos colorirem ou deixar que a classe fique responsável pela confecção total doa mesmos.


Já as gravuras abaixo podem ser impressas para confecção de um livrinho da Criação para cada aluno ou também para criação de um mural.












ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

Os missionários escoceses Robert (1809/1888) e Sara Kalley (1825/1907) são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio (Colégio Opção, R. Casemiro de Abreu – segundo informações da Igreja Congregacional de Petrópolis). Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Fonte:ensinodominical.wordpress.com