quinta-feira, 18 de março de 2010

LIÇÃO 12 JOVENS E ADULTOS COMENTADA PELO Pr ALTAIR GERMANO

IMAGEM: ENOMIR SANTOS (ANANINDEUA-PA)

Publicarei o subsído para a Lição 12 em duas ou três etapas distintas. Nesta primeira tratarei do tema "Superapóstolos", relacionado com o primeiro ponto da lição (A GlÓRIA PASSAGEIRA DE SUA BIOGRAFIA).

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO

-Distinguir as características de um "superobreiro"

2. CONTEÚDO


Textos Bíblicos: 2 Co 1.1

OS SUPEROBREIROS

Em todas as épocas, assim como nos dias do apóstolo Paulo, existiram obreiros que se sentiam acima da média. São estes os "superapóstolos", "superbispos", "superpastores", "superevangelistas", "superpresbíteros", "superpregadores", "superprofessores", "superprofetas" e etc.

Nos dias atuais este fato está evidente mais do que nunca. É uma verdadeira vergonha o qua contece no meio evangélicos brasileiro, onde os "superalgumacoisa" fazem de tudo para aparecer. Tentam demonstrar uma espiritualidade acima da média, um "supercarisma", "superpoderes", "supermilagres", "supereloquência".

Em razão disto já foram criadas "superestruturas" para os "supercongressos", onde os "superpregadores", "superministrantes" e "superpreletores" embolsam "supercachês", dos "supermeninosdafé". Tudo isso sob a intermediação dos "superempresáriosdomundogospel".

Um pastor amigo meu, conferencista, me contou que ao se cruzar com desses "superalgumacoisa" num dos aeroportos do país, o mesmo se gabava de ter recebido um cachê de R$ 7.000,00 (Sete Mil Reais), e ainda deu para o meu amigo o seguinte conselho: "o negócio é pregar em comunidades evangélicas e nestas novas igrejas (não sei sobre quais novas igrejas ele se referia). O cachê que recebemos nas Assembleias de Deus é negócio para pregadorzinho. É cachê de miséria".

Um outro me falou que num destes "supercongressos", um deles cogitou a criação de uma "Liga da Justiça com os Superpregadores deFogo". Sem comentários.IMAGEM: NOVA LIGA DA JUSTIÇA (www.universohq.com)

Interessante também é a atitude dos "superapóstolos" da atualidade, que só abrem igrejas nos grandes centros urbanos, nos bairros nobres, nas principais avenidas e edificam (ou alugam) os mais luxuosos templos, para massagear a sua "supervaidade" e engordar a sua "superconta".

É necessário ter uma "supercaradepau" para execer tal ministério e ostentar este "supertítulo".


LIÇÕES DO APÓSTOLO PAULO PARA OS SUPERFENÔMENOS NA ATUALIDADE


Em nenhuma outra época se desejou tanto os holofotes, o estrelato, o reconhecimento das massas, o delírio dos fãs e a fama. Contemplamos uma total inversão de valores e desprezo dos grandes exemplos bíblicos, que incorporam o princípio da declaração de João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.3).

A fama, conforme a que Jesus alcançou (Mt 4.24), se relaciona a um processo natural de reconhecimento da ação de Deus sobre a vida do indivíduo. Não é algo para ser buscado.

Quero aproveitar este tema, para republicar um textojá postado neste blog em 04/03/2008, e publicado no meu livro "Reflexões: por uma prática cristã autêntica e transformadora", que compara os arrogantes superobreiros da atualidade, portadores de exuberantess biografias, com a maneira que o apostólo Paulo descreveu as suas realizações e ministério.

Escrevi o post depois de ter presenciado numa convenção nacional de pastores a distribuição de um kit (DVD, Bíblia, Folder etc.), onde na caixa estava a imagem do superpregador com o seguinte título: O maior fenônemo de público evangélico do Brasil. Tentei conseguir um kit para mim com o próprio superhipermegastar, mas os mesmo estavam reservados para os Pastores Presidentes (certamente havia a intenção de descolar uns convites intere$ante$). Segue abaixo o post na íntegra:


O FENÔMENO

Vocês lembram aquele título "o fenômeno", atribuído ao Ronaldo da seleção brasileira de futebol? Pois bem, a moda acabou se contextualizando ao meio evangélico.

Você já ouviu falar no pastor "o fenômeno"? Ainda não? Pois fique sabendo que ele já existe e é assim que se auto intitula (ao contrário do Ronaldo que recebeu o título do Galvão Bueno), devido aos números mirabolantes que marcam o seu ministério.

O FENÔMENO EM NÚMEROS

- Milhões de telespectadores
- Dezenas de livros
- Centenas de cidades
- Milhares de mensagens pregadas
- Milhares de e-mails recebidos
- Milhões de acesso em sua página na internet
- Milhares de DVD's vendidos

Fui procurar na Bíblia alguém que pudesse se comparar ao "fenômeno", e acabei encontrando um certo personagem, que se destacou pelos números que também marcaram o seu ministério;

PAULO, O APÓSTOLO (2 Co 11.24-28)

- Muitos trabalhos
- Muitas prisões
- Açoites sem medidas
- Perigos de morte
- Trinta e nove chicotadas em cinco ocasiões
- Três pisas com vara
- Um apedrejamento
- Três naufrágios
- 24 hs boiando no mar
- Muitas jornadas (algumas a pé)
- Perigos de ladrões
- Perigos de rios
- Perigos de perseguições por judeus e não-judeus
- Perigos na cidade
- Perigos nos desertos
- Perigos em alto mar
- Perigos entre os falsos irmãos
- Muitos trabalhos e canseiras
- Muitas noites sem dormir
- Fome e sede muitas vêzes
- Falta de casa, comida e roupa
- Muitas preocupações com as igrejas do Senhor

Amados, não sei se o que sinto neste momento é vergonha ou indignação. Dá para perceber o quanto difere o referencial de valores do "FENÔMENO" e os referenciais do Apóstolo Paulo? A que ponto chegamos!

Por favor, me suportem. Falo principalmente aos fãs, que de tão entorpecidos pela eloquência e domínio de massas que "os fenômenos" possuem, não admitem que toquem nos tais "ungidos"!

Gostaria neste momento, de responsabilizar por esta vergonha nacional, os pastores que abrem as portas de suas igrejas para "os fenômenos" modernos, cooperando assim para a alienação e exploração das pobres e manipuláveis ovelhas que lhes foram confiadas.

É fundamental lembrar que Jesus (nem os apóstolos) não andava atrás de público (Jo 6.24-27, 65-68). Jesus buscava verdadeiros discípulos e não público. O inferno se encherá de público e de pregadores de público, enquanto o céu, de filhos de Deus que nasceram de novo, que vivem em santidade e andam na verdade, juntamente com pregadores que não foram enganados pela sedução da fama e do sucesso temporal. Basta! Chega de tanta banalidade, futilidade e vaidade.

Ver e ouvir estas coisas, e ficar calado, é pecado de omissão. Compartilhar com elas, nos torna iguais "aos fenômenos".

Deixo o próprio Paulo nos lembrar um princípio que por muitos já foi esquecido:

"Se tenho de gloriar-me, gloriarme-ei no que diz respeito à minha fraqueza" (2 Co 11.30)


3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Elabore um quador comparativo da postura dos superobreiros da atualidade em relação aos bons exemplos e referenciais bíblicos.

Se quiser, pode imprimir este subsídio, tirar cópias e distribuir com os alunos e com quantos outros irmãos desejar.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

2 comentários:

  1. Gostei,legal boa a dos super!É verdade!

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  2. Muito boa essa lição! Pena que não poderei acompanhar a ministração da mesma. Estarei com a classe dos adolescentes. Evaldo

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Obrigada por sua visita.Deixe aqui o seu comentário e responderemos assim que possível.

ORIGEM DA ESCOLA DOMINICAL

Os missionários escoceses Robert (1809/1888) e Sara Kalley (1825/1907) são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio (Colégio Opção, R. Casemiro de Abreu – segundo informações da Igreja Congregacional de Petrópolis). Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Fonte:ensinodominical.wordpress.com