Texto Bíblico: Gênesis 1.1-26; 2.15
Naquele tempo, o autor não tinha a menor ideia de que esta escritura poderia significar tanto em nossos tempos de terceiro milênio. A inspiração do Espírito Santo ao apóstolo Paulo vislumbrava o presente e o futuro no sentido espiritual. Porém, quando ele fala do gemido da criação, incluía tanto a natureza animada como a inanimada. Aponta para o fator causador desse gemido no versículo 20 do mesmo capítulo, quando diz que “a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou”. Vaidade de que e de quem? A expressão refere-se, de fato, “à vaidade daquele que a sujeitou”.
Quem sujeitou a criação ao desequilíbrio ecológico, se não o inimigo principal do Criador, o Diabo, com sua vaidade e egoísmo? Ora, sabemos que a criação inanimada não tem vontade própria, senão pela vontade de Deus. Deus condenou Satanás por ter sido o agente que induziu Adão e Eva a desobedecerem a Deus. Por esse modo entende-se que a criação tornou-se cúmplice dos pecados e da desgraça que operam no mundo. A criação tornou-se sujeita “ao sofrimento e às catástrofes físicas” (Bíblia de Estudo Pentecostal). O texto diz que a “criação ficou sujeita à vaidade” e isso significa que toda a criação, animada e a inanimada, foi submetida a “um estado de futilidade deplorável”, como escreveu Matthew Henry. Com consciência aguçada acerca do “gemido da terra”, a Igreja de Cristo tem um papel restaurador e mantenedor dos poderes vitais que dão sustentação à vida na terra. Quando Deus criou o homem, o criou com poder de governar e administrar a vida na terra de forma a manter e preservar os seus valores vitais (Gn 1.28).
Texto extraído do livro “Mordomia Cristã”, editado pela CPAD.
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