Por Thiago Santos
INTRODUÇÃO
I – O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (TG 1.2, 12)
II – A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (TG 1.13-15)
III – O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (TG 1.3, 4, 12)
A MATURIDADE CRISTÃ ADQUIRIDA ATRAVÉS DAS PROVAÇÕES. TIAGO 1.2-18.
A vida cristã é um caminho de aprendizado constante onde as experiências, adquiridas em nosso relacionamento com Deus, nos fazem entender as limitações e fragilidades encontradas em nossa natureza humana. Quando somos confrontados em meio às provações, sentimos as nossas fraquezas de forma que rejeitamos a autoconfiança e nos tornamos mais dependentes de Deus. Em seu discurso epistolar, Tiago observa a deficiência humana frente às tentações e admoesta aos cristãos que se alegrem quando forem acometidos de alguma tentação “sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência” (Tg 1.2-3). Nesse contexto, é importante compreendermos a concepção que a igreja da dispersão tinha em relação às tentações. A exortação de Tiago vem esclarecer a mente dos fiéis e aponta para o bom resultado trazido pelas “aflições deste tempo presente” citadas por Paulo (cf. Rm 8.18; Tg 1.12). O cristão precisa compreender os benefícios adquiridos através das dificuldades e de que forma Deus os utiliza para o crescimento e amadurecimento na fé.
A vida cristã é um caminho de aprendizado constante onde as experiências, adquiridas em nosso relacionamento com Deus, nos fazem entender as limitações e fragilidades encontradas em nossa natureza humana. Quando somos confrontados em meio às provações, sentimos as nossas fraquezas de forma que rejeitamos a autoconfiança e nos tornamos mais dependentes de Deus. Em seu discurso epistolar, Tiago observa a deficiência humana frente às tentações e admoesta aos cristãos que se alegrem quando forem acometidos de alguma tentação “sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência” (Tg 1.2-3). Nesse contexto, é importante compreendermos a concepção que a igreja da dispersão tinha em relação às tentações. A exortação de Tiago vem esclarecer a mente dos fiéis e aponta para o bom resultado trazido pelas “aflições deste tempo presente” citadas por Paulo (cf. Rm 8.18; Tg 1.12). O cristão precisa compreender os benefícios adquiridos através das dificuldades e de que forma Deus os utiliza para o crescimento e amadurecimento na fé.
Primeiramente é importante enfatizar que há uma diferença entre a “tentação” (gr. peirasmos) e a “tentação” (gr peirazõ) conforme afirma Roy B. Zuck em sua obra Teologia do Novo Testamento (CPAD, 2008, p. 462). A primeira designação nos faz entender a tentação como algo positivo ao crescimento espiritual do crente, isto é, Deus prova os seus servos para o bom aperfeiçoamento da fé (cf. Hb 11.17; Tg 1.2-4). A segunda expressão denota a tentação que vem para desviar o crente da verdade, isto é, a concupiscência da carne que atrai e engoda, e que é incitada por Satanás (Tg 1.14-15; Mt 4.2-10; 1 Ts 3.5). Portanto, a tentação é uma realidade incontestável e, por isso, Tiago exorta a respeito do seu bom resultado na vida cristã.
Os fiéis da dispersão sentiam certo receio por conta das adversidades e também temiam passar por alguma “provação”, pois tinham uma concepção equivocada de que isto significaria o mesmo que uma repreensão divina para atingir a “perfeição”. Na verdade, o que o meio irmão do Senhor descreve é a respeito da bem-aventurança de sermos provados, pois isso evidencia que somos verdadeiramente gerados pela palavra da verdade, para sermos “como primícias das suas criaturas” (cf. Tg 1.12,18). A carta escrita por Tiago tem como objetivo resgatar à obediência aqueles que estavam se desviando do Caminho e precisavam reassumir o compromisso com a Palavra da Verdade. Portanto, Deus, através das provações, não tem a intenção de levar o crente ao pecado, e sim ao crescimento espiritual que caracteriza e autentica a fé. Dessa forma, ao atravessar as tentações sendo pressionado pelas adversidades, o cristão pode contar com o fortalecimento que Deus traz sobre ele mediante cada dificuldade, resultando em amadurecimento e consistência para a fé.
Em segundo lugar, é importante considerar que a origem da tentação não está em Deus, “pois Deus a ninguém tenta. Mas cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (Tg 1.13,14). O que nos faz entender que a natureza humana está em constante conflito em nosso eu interior, “esperando a adoção, a saber, a redenção do corpo” (Rm 8.23). De fato, a concupiscência presente na natureza humana impulsiona os desejos humanos a pecar contra o Criador, ao que Tiago exorta: “Não erreis, meus amados irmãos” (v. 16). Sendo assim, o cuidado pessoal do crente é fundamental neste processo para que o engodo do pecado não venha sobrepor o comprometimento com a prática da Palavra de Deus. (Tg 1.14,18).
Finalizando, o cristão precisa compreender os benefícios adquiridos através das dificuldades e de que forma Deus as utiliza para o crescimento e amadurecimento na fé. A maturidade cristã é adquirida também através desse processo, levando o crente a perseverar em seu compromisso com a verdade (Tg 1.5-8). Tiago leva-nos a entender que o caráter cristão é desenvolvido mediante as adversidades, tal como podemos observar na galeria dos heróis da fé (cf. Hb 11). Assim, podemos definir “maturidade cristã” como uma concessão divina que molda-nos a fim de que saibamos como nos comportar mediante as provações de forma adequada à Palavra da Verdade, adquirindo o conhecimento necessário para o desenvolvimento do caráter cristão. Sabendo isto: a paciência é resultado de uma fé provada e aprovada, e de uma vida que reconhece a plena dependência da providência de Deus (Tg 1.2-4) e entende que o amadurecimento cristão é fruto de um constante relacionamento com Deus onde não há espaço para oscilação. Dessa maneira, somos convidados a ter um firme compromisso com Deus “que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto” o que lhe pedimos. Pois “toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes em quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.5-8,17).
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