Por Thiago Santos
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
I – AUTORIA, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS (Tg 1.1)
II – O PROPÓSITO DA EPÍSTOLA DE TIAGO
III – ATUALIDADE DA EPÍSTOLA
SOBRE A PRÁTICA DA PALAVRA DE DEUS: TIAGO 1.22.
A Epístola Universal de Tiago apresenta a exortação do líder da Igreja em Jerusalém a todos os cristãos da “dispersão”, a guardarem a fé no Deus único e verdadeiro e a não esmorecer na prática da verdade, vivendo de forma que o relacionamento íntimo da nova aliança com Deus seja firmemente mantido. Os aspectos considerados nesta Carta são importantes para uma fé íntegra e edificada sobre o compromisso ético e moral da Palavra de Deus. A prática da justiça evidencia a qualidade de nossa fé no Deus verdadeiro, ao mesmo tempo em que aprova a integridade de vida cristã demonstrada por seus servos.
A autoria da carta data de aproximadamente 49 d.C., e vem nos ensinar a respeito do exercício da fé baseado na Palavra de Deus e o desafio de agir de acordo com essa mesma Palavra. Segundo o teólogo Timothy B. Cargal, o nome de Tiago conhecido como “o Justo”, ou “Iakobos”, em grego, é uma transliteração do conhecido nome hebraico do Antigo Testamento “Jacó”. Conforme a tradição aceita pela Igreja, este é o irmão de Jesus (Mc 6.3; Gl 1.19) que se tornou líder da Igreja em Jerusalém (At 15.13; 21.18; Gl 2.9). Embora não haja indícios da biografia de Tiago, pois o mesmo não cita referências pessoais, esta é a identificação mais aceita a respeito da autoria desta carta. Destinada à igreja dispersa não só em Israel, mas em todo o mundo, pois usa a expressão às “das doze tribos em dispersão”, a carta exortava os crentes ao cumprimento da Palavra de Deus e a buscar a sabedoria que vem do Alto, atitudes que aparecem igualmente nos escritos paulinos no tocante ao “fruto do espírito” (Gl 5.22,23). A carta trata de assuntos corriqueiros do dia a dia da vida cristã, sendo este um dos pontos que a torna bem significativa para os dias atuais.
Tiago aprofunda o seu discurso na questão comportamental tendo como finalidade resgatar os crentes a uma conduta onde os valores éticos e morais da vida cristã devem ser praticados por aqueles que têm o testemunho de Cristo em seus corações. Os leitores de Tiago percebiam que o caráter cristão era antagônico aos preceitos e valores mundanos que imperavam na sociedade em que eles estavam inseridos. Tal conhecimento da Palavra levaria os destinatários da epístola a permanecer firmes na verdade, desviando-se do mal e buscando em Deus a sabedoria necessária para evitar o erro. Isso os conscientizava de que Deus se agrada daqueles que são confiantes na sua misericórdia e não são “inconstantes em todos os seus caminhos” (Tg 1.8), pois “segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela Palavra da Verdade para que fôssemos como primícias das suas criaturas” (v.18).
Para entendermos melhor o contexto da Carta de Tiago, torna-se interessante esboçarmos os assuntos em que o escrito foi produzido: “A primeira unidade (1.2-21) desenvolve suas preocupações mais amplas a respeito da crença de seus leitores em relação à natureza do relacionamento entre Deus e os cristãos. Ele os encoraja a confiar em Deus para alcançarem a sabedoria de que necessitam, ao invés de procurarem aprendê-la através de suas respostas às dificuldades da vida. Na segunda unidade (1.22-26), Tiago começa a focar o diagnóstico do problema. Mostra-lhes como suas ações revelam que realmente lhes falta sabedoria (cf. 1.5), e novamente enfatiza que qualquer forma de crença, que não resulte em obras consistentes com a vontade de Deus, não poderá proporcionar vida espiritual (2.14,26). Na terceira (3.1-4.10) e na quarta unidade (4.11-5.20) trata da responsabilidade dos leitores por suas próprias ações e pela vida espiritual dos semelhantes, respectivamente (CARGAL, Timothy B., Tiago. In, ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1659-60).
A vida cristã encontra uma série de situações intrigantes como o problema da tentação, do pecado, da natureza humana, do cuidado com a língua, da paciência nas provações e muitos outros assuntos tratados nesta epístola que são pertinentes para a igreja atual. O Caminho da Graça deve ser percorrido de forma que o comportamento cristão seja a própria expressão e pregação da Palavra de Deus no viver diário. Tal desafio encontra-se na prática de uma fé que leva a uma ação contundente com aquilo que se acredita ser a “vontade de Deus”. É importante compreendermos que neste cenário contemporâneo em que a igreja está inserida, a moral, a ética cristã, as verdades bíblicas e os valores cristãos estão sendo colocados à prova em um mundo onde predomina a maldade e a escassez do amor ao próximo (Mt 24.12).
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